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Opinião: Guia para Um Final Feliz, de Mathew Quick

Guia para Um Final Feliz
de Mathew Quick
Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 288
Editor: Editorial Presença
Resumo:
Pat Peoples está de regresso ao mundo da normalidade da vida familiar em casa de seus pais após ter permanecido numa instituição psiquiátrica devido a um traumatismo grave. Da memória deste fervoroso adepto dos Eagles de Philadelphia desapareceu uma participação do clube no Super Bowl e a demolição do antigo estádio. Ninguém, lá em casa, lhe fala de Nikki, a sua mulher, e até o seu novo terapeuta parece incitá-lo ao adultério. Tudo assume um aspecto cada vez mais estranho. Como a pouco e pouco se vai revelando, anos da sua vida tinham-se pura e simplesmente apagado. Apesar disso, Pat não se deixa desviar daquela que acredita ser a missão de auto-aperfeiçoamento. Guia para Um Final Feliz é uma narrativa vibrante e intensa que nos oferece uma visão refrescante sobre sentimentos de perda, depressão e amor. 

Rating: 4/5

Comentário:
De vez em quando, Encruzilhados, gosto de ver um filme e em seguida ler o livro. Normalmente faço o oposto, mas por vezes, para me conseguir convencer a ler ou a desistir de ler algo vejo o filme primeiro. Foi isso mesmo que fiz com Guia para Um Final Feliz, depois de todo o murmurinho criado em torno do filme e do livro, decidi que iria ver o filme primeiro. Gostei bastante do filme e por isso decidi que iria ler o livro. Este mês finalmente consegui deitar mão a uma cópia e ler calmamente esta história.
Mathew Quick tem uma escrita ligeira mas profunda, gostei da maneira como foi abordando a história e as suas personagens. Como seria de esperar o livro é muito mais detalhado do que o filme e temos acesso a certas informações que no filme não nos são dadas. O final também é diferente e gostei de toda a maneira como a "história da Nikki" foi tratada e resolvida e que difere imensamente do filme.
Quando escrevi o artigo sobre a semana da saúde mental não pensei que ler um livro pudesse ter um impacto tão profundo na maneira como vemos certas doenças, mas a verdade é que pode. Não sei porque ainda me admiro, os livros tem poderes fantásticos e a habilidade de nos ajudar a ser mais empáticos é uma delas.
Quem viu o filme conhece a história de Pat Peoples, um professor educação física do secundário que vai parar a uma Instituição de Apoio a Doentes Mentais. Dentro dela, preso entre a sua deliria e os seus comprimidos, Pat vai-se perdendo até achar um sentido para a sua vida. O sentido é a sua esposa Nikki da qual está separado e para a qual Pat quer voltar acabando assim com o "tempo separados". Esta motivação guia-o a trocar de médico, a começar uma rotina de desporto e, o mais importante, a acreditar em finais felizes.
E é esta a viagem de aprimoramento que acompanhamos no livro, as lutas, as escolhas, as recaídas, os truques que a nossa mente nos prega para nos proteger e para nos enganar. Pat é humano, a sua família é humana e todos os dilemas que encontra são humanos e apesar de parecerem curiqueiros são a massa da qual são feitos os dias.
Este é um livro que avança a um bom passo mas que também fala muito de futebol americano, o que para mim que não sou apreciadora, acabou por cortar um pouco na leitura. O livro aborda também alguns clássicos, as suas temáticas e possível impacto nos jovens que os lêem (a famosa cena em que Pat atira o livro pela janela e começa a ralhar com Hemingway).
É um livro que sem dúvida recomendo e que me tornou fã da escrita de Matthew Quick. Espero agora poder brevemente ler outra das suas obras.

Um pequeno aviso, a história contém detalhes de enredos de grandes clássicos como O Grande Gatsby, Adeus Às Armas e A Letra Escarlate, se estão a pensar ler estes clássicos talvez seja melhor guardarem este livro para o fim.
Booktrailer:

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